Maurício Christofoletti


Um samba, um ritmo, um batuque e várias histórias. E essa é a trajetória  de um sambista, morador do litoral paulista, todo malandro e contador de versos em forma de música.

E como diria João Gilberto Quem não gosta de samba bom sujeito não é, o pai tratou logo de mostrar o bom caminhos ao filho, e com apenas 6 anos de idade, os pés de Maurício Christofoletti  tocaram a quadra da Escola de Samba Samuca, em Rio Claro, no interior de São Paulo.

Bastou uma única visita para aquele som com múltiplas misturas e ritmos se tornassem a grande paixão de sua vida. Estudar cavaquinho com o grande mestre Elzo Baliotti (in memoriam) foi o primeiro grande passo dessa trajetória.

Mergulhado nas obras de Almir Guineto, Luiz Carlos da Vila, Fundo de Quintal e do Grupo Exporta Samba a vida lhe presenteou mais uma vez. Na sua trajetória como músico, estudante de cavaquinho e banjo, agora seu grande ídolo Ratinho (Exporta Samba) se tornou seu amigo, companheiro de estrada e também parceiro de composições.

Juntos emplacaram várias letras no mercado como “Tenho fé no meu orixá” na voz do grupo Samba de Rainha, como também  “Misericórdia” e “Água Abençoada” com Brau de Souza.

Seguindo um caminho bem tradicional do gênero suas obras precisavam também da sua interpretação e aos 42 anos, o poeta torna-se  também cantor.

Com mais de 300 canções Maurício Christofoletti passa então a dar vivência as suas palavras e a imprimir a sua identidade no gênero que é puramente nosso e que carrega na essência elementos cheios de tradição, cotidiano, vida,  religiosidade, amores, malandrismo e fé.

A primeira experiência no comando do microfone foi ao lado de um time de cantores consagrados na coletânea “Movimento Samba São Paulo” em 2017. Um projeto que reuniu uma classe consagrada de artistas como Rolando Boldrin, Adryana Ribeiro, Rildo Hora, Luiz Américo e tantos outros cantando clássicos do estilo e dando a oportunidade a novos cantores. Maurício, até então como “Maurição”, emplaca dois hits autorais com a regravação de “Tenho Fé no Meu Orixá” e “Quem Sabe”.

A convite do maestro e produtor Denilson Miller em 2020 nasce o primeiro CD solo “Saber Viver”. Um álbum com 14 faixas e singles próprios ao lado de Ratinho, Ronaldo Vilar, Brau de Souza, Wagner Monnerat e Luiz Américo destacam-se as músicas “Saber Viver” e “Sarará” obras que nos fazem refletir.  “Quem sabe” e  “Alô Você” nos contam sobre o amor e as irreverentes “Ela só quer dinheiro”, “Cuidado Mané”  e “Água Abençoada” completam o trabalho.

O disco revela o melhor do samba raiz e tradicional, preparado ora para a apreciação dos críticos e profissionais e outras para alegrar a vida dos brasileiros.

A história e obra completa você confere nas redes sociais e plataformas digitais.


Por Ricko Di Carvalho – 11 de Junho de 2022